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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Um amor incomparável, indescritível e acima de tudo sincero! ♥



O sorriso de uma criança não é incongruente com o seu pensamento. Ela sorri porque acha que ela deva sorrir quando encontra algo que a faz feliz. Ela pede que a amemos como o fizemos antes, na sua parca memória. 

Com ou sem dentes, com ou sem lágrimas, com ou sem uma doce risada, com ou sem palavras, ninguém fica incólume ao sorriso de uma criança. Pelo contrário. Nós nos desapegamos da viscosidade de sermos adultos e nos agarramos firmemente ao sortilégio de, por um breve segundo sequer, voltarmos a agir como uma criança novamente.

O sorriso de uma criança é generoso por si. Ele nos cala, mas também nos faz falar. Ele dói, mas a dor é prazerosa. Ela nos toca, mas não no coração, é na alma. Ele nos tira o fôlego, mas é para podermos respirar melhor no momento seguinte. Ele nos acalma. Nos aquieta. Pode até nos inquietar. Ele nos satiriza, mas é por uma boa causa. Ele nos dá esperança, mas essa esperança é vã.

A esperança vã é de saber que aquela criança e aquele sorriso pode até se perder no futuro sorriso do adulto que se transformará, mas em algum dado momento, ele retornará ao seu verdadeiro dono no instante exato que encontrar o sorriso de uma outra criança. A criança que foi. A criança que se é. A criança que se tornou.

Texto de Sérgio Gomes

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